Foto: Kaveh H. Steppenwolf
Não mais que uma palavra e quase tudo se dissipa:
o vermelho escarlate das vaidades,
a tolice dos que se atolaram na mesmice,
a mecha rascunhada de preto no desenho do suicida.
De quebra,
o triunfo fugaz dos demagogos,
as promessas decantadas nos palanques,
a sordidez dos palácios e suas armadilhas,
o vazio do vazio que nada acrescenta
a não ser mais vazio...
O que fica?
A força da palavra suspensa sobre colunas de perguntas,
pronunciada sem parcimônias no dia das proibições,
persona non grata - de tão atrevida -,
seta certeira que atinge tendões de Aquiles
e flutua serena nas águas do mar que não se sabe morto.
Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos Impertinentes
meraviglioso......
RispondiEliminaStupefacente,grande arte.
RispondiEliminaGrato pela publicação de meu poema!
RispondiEliminaUm grande abraço do Brasil!
Moisés Augusto Gonçalves